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  • Foto do escritorTati Fanti

O dia em que eu não quis ser empreendedora. Mas virei uma.


Foto tirada em 2011, perto da 0h

Eu adoro essa foto do post. Ela foi tirada em um evento de um cliente, em um dia no meio da semana (terça, se não me falha a memória). Minha filha, que na época tinha três anos, ainda vestia o uniforma da escola. A foto foi tirada 23h e alguma coisa, ou seja, tarde da noite e ela ainda de uniforme. No dia seguinte, 6h30 da manhã, ela acordou para ir para a escola e lá ficou até quase 18h. Essa era a nossa rotina - completamente atípica - quando eu era funcionária de uma grande agência de comunicação e atendia cerca de quinze clientes. Veja bem, o problema nunca foi a agência que eu trabalhava porque lá era o meu lugar dos sonhos e - sim - era "a agência que um milhão de meninas morreria para trabalhar" (sim, a referência a "O Diabo Veste Prada" foi de propósito). O problema, na verdade, era a minha vida mesmo.


Foi em uma manhã de março de 2012 que fui chamada pela direção da escola em que minha filha estudava. O motivo? Uma denúncia anônima ao Conselho Tutelar sobre minha filha ser constantemente a última criança a sair (sempre atrasada) da escola no fim do dia. Sentada na cadeira da diretora - que teve toda a empatia do mundo comigo - entendi que eu precisaria mudar a dinâmica da minha vida. Confesso que eu saí da escola naquele dia chorando.


Chorava porque "conselho tutelar" não é exatamente uma expressão que uma mãe gosta de ouvir. Chorava porque me culpava por trabalhar cerca de 12 horas por dia. Chorava ainda mais porque, verdade precisa ser dita, eu gostava de trabalhar cerca de 12 horas por dia. Meu trabalho sempre foi a parte mais importante da minha personalidade. E ele precisava mudar.


Para encurtar a história (eu adoro contar histórias, isso é algo que você precisa saber sobre mim), uma cliente muito querida aceitou continuar sendo a minha cliente, mas em uma carreira solo. A mesma cliente que, seis meses antes, havia me perguntado o motivo de eu não ter uma empresa para chamar de minha. A resposta: "porque agora eu não quero; me pergunte novamente quando eu completar 40 anos". Foi essa cliente que, percebendo a minha cara de choro, ouviu minha história e me repetiu a pergunta de antes: "por que você não abre a sua própria empresa?". E dessa vez a resposta foi diferente e no começo de abril de 2012, quase doze anos atrás, eu virei empreendedora quando eu não queria ser uma.


E por que abrir o nosso espaço, que resolvi chamar de "Cartas para Você" contando a minha história de não empreendedorismo? Pra te mostrar que muitas vezes Kotler acerta mesmo em cheio...em cada ameaça existe uma oportunidade e para quem for esperta, essa oportunidade pode virar a paixão de uma vida. Assim como a Prima Donna virou a minha...


Venha comigo neste espaço franco de conversa. A Prima Donna é minha, mas quero que ela seja para você.


Um beijo carinho, Tati Fanti

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